Foto: https://www.avl.org.br/academico/39
LUCIANO BAPTISTA DOMINGOS
( BRASIL - RIO DE JANEIRO )
Luciano Baptista Domingos, nascido em Volta Redonda em novembro de 1979.
Cursou ensino médio na Escola Estadual Barão de Mauá. Cursou Eletromecânica no ano de 1999-2000 na ETPC, em Volta Redonda. Formado em Letras pela UGB, no ano de 2006, nesta cidade.
Graduado e pós-graduado em filosofia pela Faculdade Entre Rios e pelo centro Universitário Barra Mansa (2015). Trabalhou como professor de língua portuguesa na secretaria municipal de educação de Angra dos Reis por dez anos. Atualmente, é professor de filosofia e sociologia na secretaria estadual de Educação do Rio de Janeiro. Publicou o primeiro livro de ensaio filosófico literário (O Tempo e o Caos que Somos) em 2020, além de participar de alguns livros de poesias (Vozes de Aço)
VOZES DE AÇO – XXV Antologia Poética de Diversos Autores. Homenagem à Escritora LÊDA SELMA. Organização: Jean Carlos Gomes. Volta Redonda, RJ: Gráfica Drummond, 2023. 98 p. ISBN 978-65-86744-72-9 Ex. bibl. Antonio Miranda
ALEGRIA EMOLDURADA
Amor imenso à moda antiga
Ardência de um desejo infinito
Pelos ares suaves coloridos
À harmonia bela das cantigas
Há quem dispensa e que esnoba
Um carinho de luar doce. Sereno
Pelas folhas molhada de orvalho ameno
A esmaecer na pândega mais boba
Efêmera fase, o coração espera
O porvir dessa paixão bem mais madura
Suspirares em silêncio ao brotar da primavera...
Pois a vida de esplêndida candura
Que sobre regras e limite faz sincera
Uma alegria que eu só vejo por moldura!
FORMAS RITMADAS*
Eu fixo minhas formas rimadas
sem lugares quaisquer... aí, depois nem sei
Como foi que antes eu sonhara
Mas se foi sonho, Deus, com quem sonhei?
Esforço débil, à mercê de um mau sentir
Consolar-me, somente, eu desejara enfim
De um plástico e ingênuo borbulhar de alma...
Se sorriso foi, senhor, pra quem sorri?
O suor inspira e transpirar sim faz brotar o Belo
O belo “não burguês” da língua cativante
Eu fixo minha forma intensa e instigante
Mas se vela a crítica, ai, com qual me velo?
Eu fixo minhas formas ritmadas
em lugares quaisquer... ai, depois nem sei
O que deveras... ai! Eu contemplara
Se foi morte, amor, a quem matei?
*Poema que lembra os versos das cantigas de amor, de escárnio e
maldizer: Trovadorismo.
*VEJA E LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html
Página publicada em junho de 2023
|